RECLAMAÇÃO CRÔNICA- Um Hábito que afeta a Saúde Mental
Abril 14, 2025 | by Elizangela Cirino

Você sabia que o hábito de reclamar pode literalmente remodelar seu cérebro e trazer Impactos na sua Saúde Mental?
Reclamar é natural. Todo mundo faz isso de vez em quando — diante de uma injustiça, frustração ou simples irritação do dia a dia. Mas quando a reclamação se torna rotina, um comportamento automático, ela deixa de ser um alívio e passa a ser um problema. A reclamação crônica é um padrão mental que pode comprometer profundamente a saúde emocional, afetando pensamentos, relações e até a forma como o cérebro funciona.
O Que É Reclamação Crônica?
É o hábito persistente de reclamar, independentemente da situação. Pessoas com esse padrão tendem a focar mais nos problemas do que nas soluções. Isso não significa que sejam fracas ou preguiçosas — na maioria das vezes, esse comportamento nasce da frustração acumulada ou da dificuldade de lidar com emoções negativas.
O problema é que esse padrão, quando constante, acaba moldando a forma como a pessoa percebe o mundo.
Como Ela Afeta o Cérebro?
A neurociência mostra que o cérebro se adapta aos estímulos frequentes. Se você reclama constantemente, fortalece conexões neurais ligadas à negatividade. Com o tempo, o cérebro passa a buscar inconscientemente razões para continuar nesse ciclo. É como treinar o cérebro para ver tudo sob uma lente crítica e pessimista.
Esse processo está diretamente ligado ao aumento do estresse, da ansiedade e até da depressão.
Os Efeitos na Saúde Mental
1. Ansiedade Constante
A reclamação ativa o sistema de alerta do cérebro. Quando isso se torna hábito, o corpo permanece em estado de tensão — como se algo ruim estivesse sempre prestes a acontecer.
2. Depressão e Falta de Esperança
A percepção de que nada melhora, de que tudo está ruim o tempo todo, pode levar a um estado depressivo. A pessoa começa a se sentir impotente, desmotivada e sem perspectiva.
3. Problemas nos Relacionamentos
Convivência com quem reclama demais pode ser exaustiva. Familiares, amigos e colegas acabam se afastando. A pessoa que reclama muito pode começar a se sentir incompreendida, solitária — o que reforça o ciclo.
4. Queda na Autoestima
A reclamação crônica geralmente vem acompanhada de autocrítica. A pessoa se culpa, se compara, se sabota. Aos poucos, a visão que tem de si mesma se deteriora.
Como Romper o Ciclo ?
Romper com a reclamação crônica exige esforço consciente, mas é possível. Aqui vão alguns caminhos:
a) Perceba o hábito: Não tente parar de reclamar de uma vez. Comece observando quando e por que você faz isso. Substitua por perguntas úteis: Ao invés de reclamar, pergunte-se: “O que posso fazer com isso?” ou “O que está sob meu controle?”
b) Pratique a gratidão: Não é sobre ignorar o que está ruim, mas sobre lembrar que nem tudo está. Anotar de 2 a 3 coisas boas por dia ajuda a mudar o foco.
c) Desenvolva o autocuidado emocional: Meditação, exercícios físicos, sono de qualidade e momentos de lazer são fundamentais para reequilibrar a mente.
d) Busque apoio psicológico: Um psicoterapeuta pode ajudar a identificar padrões, ressignificar experiências e construir novas formas de lidar com as emoções.
Reclamar de vez em quando é normal. Mas quando vira um modo de vida, mina o bem-estar e bloqueia a capacidade de ver oportunidades e soluções. A boa notícia é que o cérebro pode ser reprogramado. Com atenção, prática e, se necessário, ajuda profissional, é possível sair do ciclo da reclamação e recuperar leveza, foco e saúde mental.
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